8.4.08

Peixe (bagre) Ensopado com legumes em grandes nacos no caldeirão da bruxa

Vag Vag Vagnólia diz: Vamos a la plaia gurizada? A dona-patroa está lá dando uma mão pros meus avós e tal, vou lá buscá-la. Poderíamos fazer um pratinho leve sábado a noite e voltaríamos domingo próximo ao meio dia... que tal?
TCF dizem: Tchê, e isso é coisa que se pergunte? Diz aí, o que temos que levar? Mas ahhhhhh!

Ingredientes

- peixe (sem espinhas, preferencialmente)
- tomate (melhor seria bastante molho de tomate)
- vinho branco (pode ser o marca-devil)
- sal, óleo, tempero verde, manjerona
- batata
- cenoura
- cebola
- pimentão
- pimenta (eeeeeeeeeeeeeee)

Modo de preparo

Corte as cebolas em picadinho, a cenoura em rodelas, o pimentao em anéis, a batata em fatias (de no máximo 1cm de espessura). Dê uma leve cozinhada nas batatas em separado, e nas cenouras em rodelas também, pra amaciar isso tudo. Em uma panela maior, frite as cebolas em óleo e sal e comece então a preparar o ensopado em camadas.
Disponha as fatias de batata previamente cozidas (não muito cozidas) na primeira camada, após complete a camada com cenoura, mais cebola, pimentões, etc. Aí coloque as postas do peixe formando uma outra camada. Intercale estas camadas. Misture o vinho ao molho de tomate e adicione na panela. Se puderes amarrar alguns ramos de manjerona e deixa-los imersos no ensopado, removendo-os depois de pronto, dá um gostinho bem especial. Caso as camadas não tenham ficado imersas em líquido (o que normalmente acontece), complete com água. Deixe ferver e voilà.

Dica do japa:

- pimenta neles brother! Peixe ensopado, se não for apimentadinho não tem graça
- este prato é para os dias frios, pode vir acompanhado de uns pãezinhos e também um vinho (refrigerante serve também, huauhau)
- como diz o vô ney, senhor dos licores, entre uma ida à panela e outra pra ver como estavam as coisas e dar uns palpites tipo: "vagner, coloca mais isso, baixa mais o fogo, faz assim, faz assado...", em uma de suas histórias que relatava o ambiente pós apocaliptico que era viver nos pampas em "mil novecentos e vai-te a mer...", é bom quando a gente coloca uma pimentinha... fica forte, bem mais forte que o tal menstruz na cachaça (este é tão forte que a 6 meses atras o spk tomou um golinho e ainda sente o gosto).
- se você tiver a oportunidade de cozinhar este prato próximo a pessoas fantásticas como o vô ney e a vó carmem, faça-o sem hesitar. Entre as aventuras narradas em primeira pessoa pelo vô, algumas sacanagens são propositais, tipo quando ele sugeriu que a gurizada provasse uma pimenta "pra macho" que ele tinha guardada a tempos, mas para tanto deveria-se passar a pimenta no dedo e lamber o dedo em seguida. Não tem preço quando você descobre que ele ficou horas contando causos e esperando os desavisados coçarem os olhos com o mesmo dedo que passaram na pimenta né spk? Huahuahuahhau
- a receita foi feita com bagres médios comprados no mercado público, no panelão do vô, sobre o fogareiro da garagem, que diga-se de passagem, é o X do mapa do tesouro, em se tratando de variedade e qualidade de licores artesanais (aguardem algumas receitas...)

Trilha sonora: seguinte, seguindo o entendimento aguçado do Seu Cabral (vô Ney) para música, pelo menos duas sugestões devem fazer-se presente: Mano Lima - Lobisomem do Arvoredo ou Nelson Gonçalves - Vermelho 27

Entretenimento audio-visual: tu podes inspirar-te no filme Náufrago com o Tom Hanks para fazer o peixe, mas talvez tu te sintas meio perdido ao nao saber se as coisas vao dar certo, como Danny Glover em Predador II.


TCF

2 comentários:

Anônimo disse...

Sei que o segredo tá no panelão do avô, no fogo da garagem, e no palpite de tempero da vó. Aí é infalível, né? rsrsrs Beijo família boa!

Anônimo disse...

Só duas coisas resumem toda a ciência. Vô Nei e Vó Carmem. Não precisa falar mais nada. Juntando os dois criaríamos outro mundo melhor ainda! Abraço!